Percepção ou divagação?
Numa bela manhã … os passarinhos gorgeavam … o sol iluminava minha janela … onde, eu me debrussava para admirar a goiabeira, que já crescia com flores. Eu a plantara um dia no meio do quintal e sobreviveu … agora linda e frondosa.
Entre a janela e a goiabeira, dois canteiros de morangos, que eu amava tanto, mas eles não gostavam de mim, pois só tinha moranguinho no bolo de aniversário da minha irmã … no meu nunca.
Esse pensarinhar acontecia todos os dias, quando abria a janela do meu quarto … por um segundo, minutos, não sei.
Mas em uma manhã, o admirar foi mais longo, fiquei olhando e quando voltei a mim e sentei na cama … meio atordoada compreendera um novo conceito:
Que a gente dormia e acordava, onde cada dia era um ciclo. Mas existia um ciclo maior, onde a gente vivia, morria e depois vivia, e morria e vivia … Fiquei pensativa naquele dia de sol, tentando entender o que eu percebera. Mas não entendi.
Tentei conversar com algumas pessoas sobre a divagação … não conseguia explicar … e riram de mim …
Tempos depois … já mocinha na Terra Prometida … fui convidada a ir a um Centro Espírita … e durante a palestra reconheci minha percepção – que eu nunca esquecera – a gente vivia, morria e depois vivia, e morria e vivia … é a reencarnação.